Na verdade, não existe uma doença chamada “reumatismo”. Esse é um termo leigo utilizado para diferentes situações caracterizadas por dores no corpo, nas articulações, nas costas, etc.

São as várias doenças distintas caracterizadas por envolvimento do aparelho locomotor com dores nos ossos, articulações, músculos, tendões, dor nas costas, etc. NA VERDADE, EXISTEM MAIS DE 100 “doenças reumáticas diferentes”.

Reumatologista é um médico que trata clinicamente (não cirurgicamente) das doenças reumáticas. É um especialista que cursou faculdade de Medicina e, posteriormente, especializou-se em Medicina Interna (normalmente um ou dois anos de estudo) para se tornar clínico geral. A partir daí, começa sua especialização em Reumatologia, que leva mais dois anos.

As doenças reumáticas estão entre algumas das doenças mais comuns do ser humano. Doenças como lombalgia, artrose, osteoporose e fibromialgia, além de acometer grande parte da população, são causas frequentes de incapacidade. Por exemplo, a lombalgia acomete 80% da população pelo menos uma vez na vida. A artrose pode estar presente em mais de 50% das pessoas com mais de 60 anos. Já a artrite reumatoide afeta cerca de 1% da população. Por outro lado, existem várias outras doenças reumáticas bem mais raras, porém não menos importantes.

Não, isso não passa de um mito. Doenças reumáticas podem acometer pessoas de qualquer idade, etnia ou sexo.

Sim. É preciso afastar o mito de que “reumatismo não tem cura”. A imensa maioria das doenças reumáticas tem tratamento extremamente eficiente. O importante é sempre fazer um diagnóstico precoce e orientar corretamente o tratamento desde o seu início.

Mais uma vez, trata-se um mito. A sequela (deformidade) é, geralmente, consequência da doença mal controlada. Os tratamentos atuais conseguem, quase sempre, impedir a evolução para a deformidade.

Mais uma vez, trata-se um mito. A sequela (deformidade) é, geralmente, consequência da doença mal controlada. Os tratamentos atuais conseguem, quase sempre, impedir a evolução para a deformidade.

Existem mais de 100 doenças reumáticas diferentes. Algumas delas são doenças simples sem nenhuma gravidade, outras podem afetar vários órgãos e levar até mesmo ao óbito quando não tratadas.

Depende da doença. Várias formas de reumatismo são doenças crônicas que necessitam de acompanhamento e tratamento prolongado. Outras, porém, são doenças agudas que, quando tratadas pontualmente, apresentam resolução completa.

Não, isso é um mito. Hoje, há vários medicamentos altamente eficientes no tratamento das doenças reumáticas. Particularmente nos últimos 15 anos, foram feitas importantes descobertas que mudaram a história do tratamento dessas doenças.

É preciso estar atento ao surgimento de dores nas articulações, dor nas costas, dificuldade de movimentação, fraturas ósseas frequentes, dores musculares e fraqueza muscular, todos sintomas comuns. Atenção: pessoas com dores que pioram pela manhã, ao acordar, e melhoram com a movimentação, que apresentam inchaço e calor nas articulações e idosos e crianças que estão começando a apresentar dores, devem procurar imediatamente o especialista para possibilitar um diagnóstico e tratamento precoce. É preciso ainda mais atenção no caso de essas manifestações virem acompanhadas de febre, perda de peso ou sintomas em outros órgãos do corpo.

Sim, pacientes com doenças reumáticas tratadas podem e devem praticar atividades físicas orientadas pelo médico. Graças aos avanços recentes e novos medicamentos, a maioria dos portadores de doenças reumáticas pode levar uma vida normal em todos os aspectos, inclusive na prática de esportes, desde que tenham se tratado precocemente.

Existem vários casos em que essa relação é bem conhecida: dietas pobres em cálcio podem levar à osteoporose, a obesidade está relacionada com artrose de joelhos e lombalgia e o consumo de álcool, com gota. No entanto, várias outras formas de “reumatismos” não têm qualquer relação com a dieta.

Estudos recentes têm demonstrado uma forte relação entre o hábito de fumar e uma evolução pior de pacientes portadores de artrite reumatoide. Da mesma forma, fumar em excesso é um fator de risco para a osteoporose. A relação do fumo com outras doenças reumáticas ainda não foi bem estabelecida.

São um grupo grande de doenças que se caracterizam por um desequilíbrio no sistema imunológico. O sistema imunológico é responsável por combater vírus, bactérias, células tumorais e qualquer outra agressão que ele reconheça como estranho ao próprio organismo. Por outro lado, esse sistema não agride os órgãos do próprio indivíduo. Trata-se de um importante sistema de regulação da saúde normal. Nas doenças autoimunes, esse sistema sofre um desequilíbrio e passa a “reconhecer” como agressor elementos naturais do próprio indivíduo, daí o termo autoimune.

Alguns exemplos de doenças autoimunes mais frequentes na reumatologia:
• Lúpus eritematoso sistêmico
• Artrite reumatoide
• Espondilite anquilosante
• Artrite psoriática
• Síndrome de Sjogren
• Esclerodermia
• Polimiosite/dermatomiosite
• Vasculites
• Polimialgia reumática

A artrite reumatoide é uma doença comum que afeta cerca de 1% da população. É uma doença crônica que, sem tratamento adequado, evoluiu para deformidades graves e progressivas. Geralmente, a artrite reumatoide afeta várias articulações ao mesmo tempo, principalmente as pequenas articulações das mãos e pés, punhos, joelhos e cotovelos. A dor costuma piorar ao acordar, com rigidez de movimentos que melhoram com a mobilização durante o dia.

Felizmente, existem hoje tratamentos altamente eficientes. Porém, é importante diagnosticar a doença cedo e iniciar logo o tratamento.

O diagnóstico da artrite reumatoide é eminentemente clínico. Isso quer dizer que para um diagnóstico correto, o doente tem de ser examinado pelo médico. Existem várias doenças que podem se parecer com a artrite reumatoide, mas cujos tratamentos são totalmente diferentes. Certos exames de laboratório (por exemplo, a pesquisa do fator reumatoide) podem estar alterados e auxiliar no diagnóstico, o qual, porém, nunca pode ser baseado apenas nos resultados desses exames.

A pesquisa do fator reumatoide não confirma nem afasta nenhuma doença reumática em particular. Alterações nesse exame devem ser avaliadas em conjunto com o histórico da doença e exame físico. Só assim é possível fazer o diagnóstico correto. Atenção: ter fator reumatoide positivo não significa, obrigatoriamente, ter artrite. Da mesma forma, é possível ter artrite reumatoide com o exame negativo.

Lúpus, ou lúpus eritematoso sistêmico, é uma forma de doença autoimune. Embora manifestações “reumáticas” com dores nas articulações sejam muito frequentes, o lúpus é uma doença que pode afetar qualquer órgão do corpo, como por exemplo rins, pulmões, coração, cérebro, etc.

A doença pode se manifestar de maneiras tão diferentes que se costuma afirmar que cada paciente com lúpus é único. Dessa forma, o tratamento também depende de vários fatores individuais presentes em cada caso. Na imensa maioria das vezes, os tratamentos modernos permitem o controle adequado e até mesmo a remissão completa da doença. Quanto mais precoce o diagnóstico e quanto mais regular o tratamento, melhores serão os resultados.

Estudos recentes têm demonstrado uma forte relação entre o hábito de fumar e uma evolução pior de pacientes portadores de artrite reumatoide. Da mesma forma, fumar em excesso é um fator de risco para a osteoporose. A relação do fumo com outras doenças reumáticas ainda não foi bem estabelecida.

Fibromialgia pode ser definida como uma situação de dor muscular difusa associada a sintomas como fadiga crônica, rigidez, distúrbio do sono, depressão e/ou ansiedade. De forma característica, outras condições como enxaqueca, refluxo gastresofágico, intestino irritável e dor pélvica são muito comuns em portadores de fibromialgia. A fibromialgia é uma síndrome crônica ainda pouco conhecida, embora seja uma doença bastante comum.