Vivemos a era da conectividade. Postar este texto aqui é a prova disto.
No entanto, uma das doenças mais frequentes do ser humano, a fibromialgia, é um verdadeiro ícone da falta de conexão. Este conceito foi elaborado e bem descrito em uma publicação de 2019 feita por um colega meu, que conheci no Hospital Cochin, em Paris.
Nestes tempos em que todos compartilham sua própria imagem, a fibromialgia parece ser uma verdadeira desconexão entre corpo e mente, entre paciente e médico, entre pacientes e seus familiares e, inclusive, entre diferentes médicos.
Um dos pontos cruciais deste problema é a dificuldade no diagnóstico da fibromialgia, pela ausência de um marcador (uma alteração de exame de laboratório ou de exame de imagem) que seja específico para esta condição.
Várias linhas de pesquisa buscam aprimorar o conhecimento das causas da fibromialgia, seu diagnóstico e, consequentemente seu tratamento. Coordeno uma destas pesquisas que está em andamento agora no Hospital Albert Einstein, sempre em busca de conectividade.