Artrose (o nome correto é osteoartrite) é muito, muito frequente. Ao contrário de outras doenças articulares, esta não é uma doença autoimune nem uma doença sistêmica. Até pouco tempo atrás era considerada como parte do processo de envelhecimento com pouca participação de inflamação.  Hoje sabemos bem mais sobre sua fisiopatologia que envolve sim alterações no metabolismo da cartilagem articular bem como inflamação local.  Ainda assim existe uma necessidade não atendida de novas terapias.

Isto porquê o tratamento medicamentoso da artrose (osteoartrite) é ainda pouco eficiente na prevenção da evolução da doença. É muito comum em casos de osteoartrite de joelhos que as pessoas usem e abusem de medicamentos analgésicos.  Os EUA vivem hoje uma grande epidemia de abuso de medicamentos opióides com consequências devastadoras.

Por outro lado, o tratamento não medicamentoso, basicamente a prática de exercícios físicos, é extremamente útil na melhora dos sintomas bem como na prevenção da evolução da artrose de joelhos.  Isto já foi bem estabelecido há vários anos, mas permanece uma prática pouco seguida pelos pacientes e mesmo pouco recomendada de maneira formal pelos médicos, muitas vezes com receio que o exercício possa piorar a doença.

Isto precisa mudar e está mudando. As principais sociedades médicas têm adotado a prática de exercícios físicos no centro das recomendações de tratamento da osteoartrite, tirando o foco do uso de medicamentos.

Mas a pesquisa nesta área continua evoluindo rapidamente. Aparentemente nem todos pacientes com artrose são iguais. Existem pacientes com muita artrose no raio X e sem dor ou incapacidade. Outros tem graus variados de dor e alguns evoluem com grande dificuldade para atividades de vida diária.

Pesquisadores vêm tentado entender melhor este paradoxo e têm identificado aspectos radiológicos e laboratoriais envolvidos com este prognóstico melhor ou pior.  Além disso tem sido observado que existem diferentes subgrupos de pacientes com osteoartrite. Alguns com mais inflamação outros com mais degradação de cartilagem e outros ainda com mais neoformação óssea.

Estas descobertas científicas permitem o desenvolvimento de novas terapias, melhor direcionadas para o problema e devem trazer benefícios práticos em breve.